O sábado e o domingo sempre passam mais depressa que o esperado, e lá, no fim do domingo, é que a gente dá de cara com a malvada segunda-feira. Pra mim, ela já começa quando eu vou dormir, no domingo de noite, sem o menor sono por ter passado metade do final de semana na inatividade. Rolar na cama é rotina nessa noite, acordar desorientada na segunda, idem.
Pois não é que essa segunda-feira ainda acordou cinza? E um pouquinho chuvosa... Sorte minha, que não agüento mais o calor desse verão prolongado. Azar da minha vontade de continuar na cama bem quentinha e gostosinha.
Parei no posto pra comprar uma bolachinha pra comer. As pessoas cobertas com casaquinhos finos, que não saíam do armário desde o ano passado, me atenderam sonolentas. Do mesmo modo, me remeti a elas. Uma música de fundo ininteligível, mas (sono)lenta me lembrou, novamente, que estava passando por uma manhã de segunda-feira.
Porque todas as manhãs de segunda-feira são pacatas e demoram a passar. Todas são chuvosas e cinza e melancólicas, mesmo se tiver fazendo um sol desgraçado. A rotina ainda não nos tomou conta, o organismo está desacelerado, como esteve no fim-de-semana. As pessoas trabalham pensando na noitada do sábado, no churrasco do domingo ou no filme da sexta de noite.
Os “bons dias” são raros e sempre em câmera lenta, o ambiente é sempre silencioso e as pessoas, quando conversam, o fazem em pelo menos dois tons abaixo do normal. Tudo é calmo, tranqüilo, sem stress... Porque você tem toda a semana pela frente pra que a ansiedade te invada, o trabalho comece a acumular e a sua voz não mais murmure um bom-dia, mas grite em alto e bom tom: “Graças a Deus que hoje é sexta-feira!”
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3 comentários:
Puxa, diametralmente oposta à minha segunda, né?
Belo contraste!
bj
Pois é, e olha que a gente não combinou de escrever sobre a mesma coisa, eheheh
Pois é, e olha que a gente não combinou de escrever sobre a mesma coisa, eheheh
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