quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A saga continua

Oito dias são iguais a dois quilos e meio perdidos. Perdidos não, abandonados, largados pra sempre. Perdidos parece que eu vou encontrá-los qualquer dia desses. Pois agora está tudo bem mais tranqüilo e bem mais fácil do que nos primeiros dias. Talvez seja também porque estou trabalhando em casa, bem calminha e com vários subterfúgios por perto, tipo uma frutinha, uma verdurinha, um iogurte light...

Agorinha mesmo, uma amiga me chamou pra comer salgadinhos que restaram do aniversário dela. Aqui, na minha casa, não estou com vontade de comer aquela coxinha bem recheadinha, com a bundinha de catupiry. Não mesmo. Agora, chegar lá e olhar pra aquela coisinha gostosinha e pedir uma Coca light ia ser deprimente. Aliás, Coca light não, faz mal pro meu refluxo.

Uma observação: Já repararam que até quando a gente faz crônica a gente adapta pra Internet? Ultimamente, eu tenho dado esses espaços entre os parágrafos, sem perceber. Agora que eu vi.

Mas, voltando ao assunto, eu ia beber uma aguinha, ia ficar conversando com ela, como se nada tivesse acontecido e aquelas coxinhas bundudas e os risoles e, pior, as empadinhas de palmito, todos estariam me olhando, cheios de gorduras, querendo unir-se às minhas.

Ah, mas eu não vou deixar isso acontecer. Foram dias de abobrinha, banana, maçã, feijão sem arroz, batata, pão integral, ricota, chá (muito chá) pra um bando de salgadinhos com más intenções acabar com a minha alegria? Nem pensar. Até porque, nós, gordinhos (opa, gordinhos é feio, propensos a engordar é melhor) sabemos o quão rápido os bons (?) quilos a casa retornam.

Hoje fiquei sem o papo da amiga, mas um dia ainda vou aprender a participar até de festas de criança e comer só a gelatina. Diet, por favor.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Foto inspiradora



Ontem o Jean me mostrou essa foto. Ela, com certeza, entrou no meu subconsciente e eu sonhei uma coisa muito estranha e metafórica.

Estava eu em um grande prédio, com vários andares. Lembro de estar com minha afilhada a tiracolo. Curiosas, eu e ela fomos subindo todos os andares do prédio. E uma bicha que dançava comigo há anos estava junto.

Eis que chegamos ao último andar. Adentramos um corredor escuro. Tinha duas pessoas na frente de uma porta, que dizia alguma coisa sobre o Reino dos Céus. As duas pessoas nos chutaram rapidamente de lá, dizendo que aquele local pertencia apenas aos privilegiados, que subiriam ao Reino dos Céus.

Alguém sabe interpretar sonhos? Será que isso quer dizer que o Reino dos Céus é o cu do cachorro?

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Us 2


Tá, The Moldy Peaches nem é tãããão legal, mas tem umas musiquinhas bem fofinhas, daquelas que eu ouço repetidas vezes e depois enjôo total. Mas essa música especialmente está na trilha sonora de Juno, que é um filme muito, mas muito legal.

E aí eu aproveitei pra fazer uma homenagem pro meu amorzinho e aprender um pouco mais de Vegas, da Sony, nessa tarde de domingo...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Dieta (parte 1 ou a parte que a gente ainda agüenta)

Tô de dieta. Dieta certinha assim, com carboidratos, fibras, proteínas, blá blá blá. Agora, vai dizer isso pro meu organismo, que ta tudo certinho, que não tem precisão de mais nada? Jesus na cruz!, como diria uma amiga minha, não é fácil.

Tenho me sentido meio aérea, mal humorada, ansiosa (novidade!), mas sem fome. Tipo uma crise de abstinência básica – sei como é porque às vezes, quando fico sem a Paroxetina, me dá umas de lascar. Tem gente que consegue ficar dias sem comer e nada acontece. Mas não, comigo nada há de ser fácil.

Minhas noites de sono então, tem sido horrendas. Parece que tenho dormido com a pança cheia e tenho pesadelos, pesadelos, pesadelos, um seguido do outro. Mas, sinceramente, não estou sentindo falta de gordura. Mas que tô mais devagar, sem dúvida nenhuma. E olha que ontem até uma fatia de pizza foi incluída no cardápio. E vinho, umas três taças.

Mesmo assim, a manhã foi caótica. Dormi 12 horas seguidas, de um sono turbulento. Estava com calor, mas não sabia que era calor. Aí fode tudo, calor = pesadelo.

E aí sonhei que estava participando de um concurso no qual você tinha que descer um tobogã cantando músicas ao contrário. Passei um tempão invertendo “Help” dos Beatles. E acordei cansadona, como se tivesse pensado pra caramba. Neurônios gastos a toa! Help! You know I need someone! Help! Not just anybody! Help! I need somebody! Pode um troço desses?

Sem contar com a casa na praia, cheia de cobertas sujas. E o namorado do meu tio querendo me comer.

Essa dieta tá me deixando louca. Jesus na cruz!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

...

Estou entre o trabalho, a ressaca e a possibilidade de assistir a dois filmes no DVD. O dia está lindo, mas é Carnaval e o trânsito impede qualquer iniciativa de colocar os pés para fora de casa. A ressaca também, claro. A cabeça não funciona direito pro trabalho, estou tentando entender qual é a diferença entre as diretorias de Suínos e a de Industrializados de uma empresa. E olha, vou dizer que ta difícil.

Eu queria comer um monte e ficar estarrada na cama vendo filme e depois cochilar. Eita, preguiça! Mas bate uma culpa e eu acredito que pelo menos tentar trabalhar é mais útil. Também estou de regime e ontem tomei inúmeras cervejas e finalizei a noitada com um Mac Trash. Ou seja, sem gorduras hoje, por favor, grita o meu organismo.

Acho que a diretoria de Suínos corta os pobres porquinhos e vende essas partes, tipo à granel. E a de Industrializados transforma essas partes em lingüiça, salame, essas coisas. Meio óbvio, né? Mas não é tão simples assim. Tem muita coisa por trás da lingüiça.

Um dos filmes é Saneamento Básico. Estava sem criatividade pra escolher na locadora. E ultimamente tenho me divertido com os filmes brasileiros. Só não agüento mais ver o Wagner Moura e o Lázaro Ramos na tela. Aliás, nem acho o Lázaro Ramos tão bom assim. O Wagner eu curto.

A televisão está ligada na reprise do desfile do Carnaval. Eu preciso da televisão ligada pra trabalhar. Melhor ainda quando está passando uma coisa bem desinteressante. Tipo agora.

Ah, o outro filme é uns curtas da Pixar. Tão bonitinhos os filmes da Pixar! Monstros S.A foi o melhor até agora. Muito divertido e muito fofo. Ai, me deu vontade de ver logo esses curtas. Vou lá.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Dinâmica de grupo

A psicóloga: Gente, eu vou estar dando um tempo para todos desenharem no papel uma coisa que vocês gostem de fazer e fazem, outra que gostem de fazer e não fazem, outra ainda que não gostem de fazer e fazem e, por último, algo que não gostem de fazer e não fazem.

Eu no meu pensamento: (Puta merda, não sei desenhar nem Zé Palito).

Alguém: Ai, meu Deus, não sei desenhar. E agora? Moça, eu não sei desenhar.

A psicóloga: Gente, é só pra vocês estarem expressando as idéias.

- (Uma coisa que gosto e faço. Vou colocar ler porque fica profi. Algo que eu gosto e não faço. Hmmm... viajar! É, viajar, tenho medo de avião, mas não vou dizer que é por isso, fica muito viado. Vou dizer que trabalho muito e não tenho tempo. Que eu não gosto e faço... Caralho, muita coisa! Muita mesmo. Vou comentar com a menina do lado, só pra parecer simpática): Nossa, tem tanta coisa que eu não gosto e faço!

A menina com quem eu tentava ser simpática: Éééééé? Nossa, comigo é o contrário. Eu gosto de tudo!

- (Ah, vá se foder, piranha mal comida. Poliana do inferno! Também, não falo com mais ninguém, bando de lunáticos puxa-sacos! Tá, falta então o que eu não gosto e não faço. Vou dar uma de comportada. Uma moça desenhada com canetinha azul. Uma tentativa de fazer a moça estar aplicando uma seringa nela mesma. Drogas, não gosto, não uso).

A psicóloga: Pronto, gente! Agora vocês vão estar falando pra todo mundo o que vocês desenharam.

Eu: Posso começar.

Ela: Ok.

Eu: Então, desenhei que gosto de ler e leio bastante, tudo que é tipo de coisa, desde literatura a gibis. Desenhei um avião aqui nessa parte porque gostaria de viajar mais, mas não tenho tempo. Aqui, eu me desenhei lavando louça. Eu não gosto, mas tenho que fazer. E aqui, eu desenhei alguém usando drogas. Não gosto, não faço.

Alguém: Tá. Aqui então eu desenhei um encontro em família, porque eu acho a família a coisa mais importante do mundo, sem ela a gente não tem base pra nada. E é isso mesmo que eu acho de trabalhar em equipe aqui dentro dessa empresa, que, se eu ficar, vou dar tudo de mim pra ela, porque eu acho que saber compreender a todos e ter uma meta a cumprir em equipe é a melhor coisa dentro de uma organização. (Blá blá blá blá blá).

Aqui, por último, eu desenhei um cigarro, porque eu não suporto gente que fuma e faz mal pra ele e pra todo mundo em volta e eu acho isso um desperdício pra saúde. A gente tem que sempre pensar na saúde pra conseguir ser o melhor na profissão.

Outro alguém: Na parte das coisas que eu gosto, eu coloquei que eu gosto muito de ler. Gosto assim de coisas jurídicas, que é o meu trabalho. Eu estou sempre sempre sempre lendo, sempre me atualizando, nas minhas horas vagas é tudo o que eu faço. E eu acho que se essa empresa me contratar, vai estar contratando um profissional da mais alta qualidade que está sempre se aperfeiçoando.

(Muitos blá blá blás depois...)


A psicóloga: Agora, vocês peguem um desenho desses que está no chão.

(Tinham vários recortes de revista. Vi um gato, peguei. Amo gatos!).

Ela de novo: Agora, vocês vão estar falando por que escolheram esse desenho.

Eu: Eu escolhi porque eu amo gatos, acho eles lindos e amo a personalidade deles, independente, ágil, dinâmico. Era isso.

Alguém: Eu peguei essas crianças aqui porque elas significam um longo crescimento pela frente, que é o que eu quero fazer se for escolhida pra trabalhar nessa empresa, crescer muito, porque sei que é uma empresa que te dá oportunidades pra isso e eu gostaria muito de ficar aqui porque eu também estou muito disposta a crescer e a ajudar a empresa. Eu dou o meu sangue pelo meu trabalho.

- (Preciso ir embora daqui, meu Deus, esse povo mal saiu da faculdade e já está assim bitolado. Socorro!).

(Testes, bla bla blás e etcéteras depois…)

A psicóloga: Gente, nossos testes terminaram, era isso que a gente tinha que estar passando pra vocês. Agora nós vamos estar ligando pra os que forem para a etapa da entrevista individual e os outros vão receber um e-mail dizendo que não foi desta vez. Tchau pra todos!

- Tchau.

Alguém para a psicóloga: Oi, sem querer ser puxa-saco nem nada, mas eu adorei passar o dia aqui com vocês, achei os testes muito interessantes, fui muito bem tratada, acho que vocês estão de parabéns. Foi realmente um dia ótimo pra mim!

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