terça-feira, 25 de dezembro de 2007

É Natal

Então é Natal... Pega no meu pau! Brincadeirinha sem graça, eu sei. Mas eu não resisto. E sempre imagino a Simone cantando assim, até porque ela não tem pau, mas que ela queria, ah, isso queria. Bom, mas estou escrevendo não para falar da Simone e muito menos do pau que ela não tem, mas para falar do Natal, deste dia, desta época do ano em que todos te xingam se tu não estás de bom humor. E eu, como não deixaria de ser, não estou de bom humor.

Não é que eu esteja de mau humor, mas me sinto incomodada com essa felicidade gratuita do Natal. Até porque eu não estou no clima. Amo dar presentes pra todo mundo, ganhar presentes, encontrar as pessoas, mas detesto hipocrisia. E olha que, pelo menos, na minha família, isso é o que não falta no final de ano. Não só na família, mas em todos os locais que me rodeiam (ou que eu vivo ao redor, pra ser menos egocêntrica).

Quer ver o tal do Ano Novo então, que coisa mais chata. Tá, eu sei que é legal ser otimista, ter fé em alguma coisa, nem que seja em bagos de uva. Mas, putz, a coisa que mais me irrita é pensar em onde passar a tal da virada.

Preguiça de continuar escrevendo... Ah, e a virada vai ser em São Chico, eu e o meu amor.

domingo, 23 de dezembro de 2007

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Acalmando

Regininha disse pra eu parar de comer demais. Todo mundo me diz isso, inclusive minha mãe e meu namorado. Aliás, esse é um sonho da minha vida, parar de comer demais. E comer demais é um dos meus grandes problemas, junto com o meu estômago e minhas crises de pânico, tudo vindo da tal da ansiedade. Resumo: a ansiedade é o meu grande problema.

Mas também é ela que me move. Gosto de ver as coisas prontas, gosto de fazer e concluir, fazer e concluir de novo, aperfeiçoar sempre. Gosto de fazer as coisas demais, intensamente. Quando bebo, tenho que curtir tudo, desde o primeiro gole sedento até o cambalear das pernas na volta pra casa. Também curto passar mal de comer. Tá, agora eu tenho quase 30 anos, tô ponderando as coisas.

O fato é que não acredito em vida depois dessa, então tô sempre correndo pra fazer de tudo um pouco. Sempre que faço mais uma coisa, descubro que existem mais umas 200 pra fazer. Ó, céus!

A terapia cognitiva-comportamental me ajuda a lidar com esse cérebro enlouquecido. A paroxetina também. Há anos. Mas eu nasci assim, é uma coisa que se aprende a conviver mesmo, não se arranca de dentro. O meu namorado calminho também ajuda. O meu gato lindo e gostoso também. Minha mãe louca e mais ansiosa do que eu, por incrível que pareça, também. E os amigos, todos insanos, também.

Comecei a escrever, inclusive, porque não conseguia falar tudo que eu sentia. Eu sempre senti muita coisa o tempo todo e sempre fui muito observadora. E era tanto observar que tinha que haver um expressar. Papel e caneta sempre me devolveram o ar. Agora, o computador cuida disso.

Ufa! Já me sinto melhor. Sério, estava bastante ansiosa. Aí, li o comentário da Regininha e comecei a escrever. Mais uma vez, a professorinha me impulsiona a escrever.

Viu, Regininha? Uma vez você falou que era muito pequenininha e que as coisas não cabiam dentro de você. Nunca ouvi melhor expressão para o que eu sinto. E isso é bom e ruim. Não?

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

BLÉ

Deu tilt no “célebro”,

Não sei se estou preocupada demais

Desempregada demais

Desocupada demais...

Talvez eu esteja apenas comendo demais.

UM AMIGUINHO DO TIM MAIA

"Às vezes Sandrão estava com amigos e, de repente, como quem recebe um choque, interrompia o papo e pedia silêncio.
'Dá um tempo, pessoal... O Jimi quer tocar.'
Sentado numa almofada na posição de lótus, Sandrão pegava um violão com apenas três cordas desafinadas, fechava os olhos e se concentrava para receber o espírito de Jimi Hendrix, ansioso para tocar.
'Woman! Woman! No no no no no! Baby baby baby', gritava, castigando as cordas do violão com seus dedos imensos, diante da platéia atônita".

Vale Tudo, Tim Maia (Nelson Motta)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

TEXTOS PRODUZIDOS NA PÓS PARTE II - GESTÃO ESTRATÉGICA EMPRESARIAL

Tem uma mulher gigante na minha sala. Ela é loira, tem os quadris largos e os peitos pequenos. Talvez se eles fossem colocados em mim, ficariam grandes, mas, aqueles peitos, no peito dela, são bem pequenos.

TEXTOS PRODUZIDOS NA PÓS PARTE I - GESTÃO ESTRATÉGICA EMPRESARIAL

Quando eu era pequena, eu adorava desenhar cachos de uvas. Porque eu achava que eles realmente ficavam parecidos com cachos de uvas. Eu também adorava a cor roxa das uvas. Mas eu não conseguia criar volume nos bagos e isso me trazia certa infelicidade. Hoje em dia, eu penso que criar volume nos bagos nem é algo fundamental para que as uvas se pareçam com uvas. Pois, ora, se a tia da escola sempre me deu nota dez pelos meus cachos de uvas, talvez ela realmente entendesse o sentido dos cachos de uvas. Eu, até hoje, desconheço tal sentido. Eu acho que eu e meus cachos de uva éramos muito mais felizes nessa época em que eu os desenhava sem que fizessem sentido. Porque as únicas coisas que eu desenhava e que se pareciam com o que eu via no mundo real eram exclusivamente aqueles cachos de uvas roxos com bagos sem volume.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

RESMUNGOS DE FELICIDADE

Algumas taças de vinho e a vida já fica mais interessante. Gargalhar em plena segunda-feira pré-verão-ultra-abafado de Joinville é coisa para poucos. Quando se está desempregado então, é coisa de louco, diriam alguns.

Pena é deparar-se com a realidade na terça-feira pela manhã. Realidade essa que nem tão cruel é, mas começa muito cedo. O dia útil deveria ser contado a partir das 2 da tarde.

Bom, mas como reclamar é preciso, sempre, mesmo que as coisas estejam dando super certo, é assim que eu começo minha terça-feira, bem antes do que eu queria.
Em tempo: a reclamação é uma maneira de descontentamento, o que faz com que a vida ande e que você sempre tenha o que mudar. Infeliz nunca, descontente sempre!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

A CABEÇA CONFUSA DE SYD BARRET

DARK GLOBE

Oh where are you now
pussy willow that smiled on this leaf?
When I was alone you promised the stone from your heart
my head kissed the ground
I was half the way down, treading the sand
please, please, lift a hand
I'm only a person whose armbands beat
on his hands, hang tall
won't you miss me?
Wouldn't you miss me at all?

The poppy birds way
swing twigs coffee brands around
brandish her wand with a feathery tongue
my head kissed the ground
I was half the way down, treading the sand
please, please, please lift the hand
I'm only a person with Eskimo chain
I tattooed my brain all the way...
Won't you miss me?
Wouldn't you miss me at all?

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Vida felina

Acordei às seis da manhã após uma noite bem dormida enleado nos cobertores de minha humana. Apalpei a beira da cama e localizei o chão, para onde saltei. Não notei nenhum movimento pela casa e dei início ao meu show matutino, que consiste em miados roucos e longos nas portas dos quartos dos humanos da casa. Após um monte de “shhh” e “cala a boca”, alguém finalmente se levanta. Já não era sem tempo! Precisava urgentemente tomar meu banho no tanque, beber água corrente e comer um pouco de ração; além, é claro, de deixar minha marca em todos, roçando meu corpo peludo nas pernas de meus escravos (Cá entre nós, essa é uma maneira pejorativa de me dirigir aos membros desta casa). Após acordar todo mundo, esperei alguém abrir a porta da sacada e tomei meu banho de sol matutino, em um dos poucos raios que alcançam o apartamento nesse horário do dia. Ninguém em casa; todos foram trabalhar. É hora de arranhar o sofá, comer as azaléias decorativas e, novamente cochilar, desta vez, sobre o sofá. Vez ou outra penso em alçar novos caminhos, enveredar-me pelas ruas e descobrir a boemia. Mas aí penso no conforto da minha casa, nos carinhos que recebo, em todas as minhas regalias e morro de preguiça. Meus olhos cambaleiam e me pego dormindo novamente. Às vezes alguém aparece na hora do almoço e me dá algum ranguinho especial, esses sachezinhos com molhinhos, pelos quais sou fanático. Felicidade plena, bucho cheio e a cadeira da sala me acolhe para a sesta, que, a não ser em raras ocasiões, dura até o fim da tarde. É hora de alguém chegar em casa. Alcanço a porta de entrada e ali fico, até que ouço ruídos no elevador. São elas! As minhas humanas! Ou pelo menos uma delas. Tenho comida no prato, mas preciso que reponham. Gosto de ração fresca. Também estou com sede; preciso que me abram a torneira do tanque. É quando tomo minha água e meu banho noturnos. Geralmente, marco a casa inteira com minhas patas molhadas. As pedras do meu banheiro também são constantemente avistadas pelo chão, além dos pêlos, estes em maior quantidade. Mas não me importo; há sempre alguém para deixar tudo limpinho e pronto para ser sujo novamente. Uma coisa que muito me satisfaz é a hora do banho das humanas. Espero deitado fora do box e simplesmente adoro a água com gosto de sabonete que sobra da ducha delas. Mais uma vez, deixo marcas molhadas pela casa e, não raro, assisto à novela sobre o tapete peludo do quarto de casal. Adoro! Lá pelas dez da noite, é hora de descobrir uma cama – a que me parecer mais confortável – e ali dormir meu sono. E é bom que a humana que ousa dividir meu recanto de sono fique bem quietinha durante a noite. É que eu não gosto de ser importunado. Posso ficar bravo. E tem essa coisa do instinto, que, infelizmente, não consigo controlar.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Here we are stuck by this river
You and I underneath a sky
Thats ever falling down down down
Ever falling down

Through the day as if on an ocean
Waiting here always failing to remember
Why we came came came
I wonder why we came

You talk to me as if from a distance
And I reply with impressions chosen
From another time time time
From another time.

Brian Eno

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Tudo meu


Acordei com vontade de conquistar o mundo. Tudo meu, tudo meu!, como diz meu irmãozinho. O Iraque, a Indonésia, Cuba e outros probleminhas eu daria como desafio a alguns amigos que gostam da brincadeira. Ou talvez a inimigos; estes gostam mais ainda da coisa. Tudo meu, só pra ter o gostinho do super poder, que deve ter mais notas doces que amargas. Só pra eu poder fazer e desfazer, ir e vir e botar caos na ordem. Depois alguém arruma a bagunça. Já pensou? A minha Paris, a minha Beverly Hills, o meu Nepal, o meu Havaí. Tudo, tudo meu! Se surgisse o tédio, faria donativos. Quer a Suíça, amiga? É tua. O Pólo Norte todinho? Pega, filho, leva. Porque, claro, sou poderosa, mas também desapegada. Gente humilde, saca? O rico de berço mesmo. Talvez eu não acordasse mais com essa gana, não teria mais doenças psiquiátricas e psicossomáticas, porque tudo seria muito livre, leve, solto. Mas, por outro lado, pode ser que tudo isso se agravasse, só que eu teria muito apoio de todo mundo. Do mundo todo, entendeu? Caos, caos, muito caos! Afinal, a gente não vive num país cujo “slogan” é “ordem e progresso”? E alguém sabe onde está a ordem? Quem sabe, o caos não arruma tudo isso. O Chico Science, que morreu em desordem, já disse algo parecido um dia. Vai ver ele estava certo. Vai ver eu estou certa. E só falta o mundo ser meu. Tudo meu, tudo meu!

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Cu e bunda


O dia é hoje uma foto antiga; estático e em tons de cinza tal qual uma foto de nossos avós na infância. Uns pesadelos andam rondando a minha cabeça em um dinamismo que contrastam imensamente com essa sexta-feira. Segunda-feira minha amiga morta faria anos de vida, e a gente provavelmente comemoraria neste fim-de-semana. Antagonismos da vida que eu não consigo digerir e, por isto, tenho diarréia. O mundo está pesado no dia de hoje; século XXI, inovações, corrupções e tudo com esta cara de retrô, como se moderno fosse voltar ao passado (se bem que talvez seja mesmo). Eu acho que os gatos têm cara de retrô. Não existe vento lá fora; o dia não se faz frio nem quente, uma gripe me deixa bundeada. A eminência de uma aula me deixa cuzeada.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

SÓ LIGUEI PORQUE TE AMO

Menstruar é desumano.
Sangrar nunca foi bom sinal.
Estou chocólatra. Faz tempo.
Minhas mãos congelam.
Choro por qualquer coisa.
A voz da Amy Winehouse é altas.
Eu nunca mais escrevi.
As pessoas me enchem o saco.
Mas eu encho mais ainda.
Principalmente com cólica.
Hoje, só digo uma coisa: "Deus é amor. O amor é cego. Stevie Wonder é cego. Stevie Wonder é Deus."
E I JUST CALLED TO SAY I LOVE YOU

terça-feira, 26 de junho de 2007

Eu fico abismada com a burrice alheia. Podem me chamar de arrogante, de limitada, de mal humorada. Sou tudo isso. Também, não me interessam os que assim pensam porque, provavelmente, são burros. Talvez até me faltem argumentos pra dizer o por quê de tanto ódio à burrice, até porque acabei de me arrepender de ter iniciado este texto. Perda de tempo.

terça-feira, 5 de junho de 2007

(ESTAMOS NO MESMO CAMINHO...)

Em nota, PT apóia decisão de Chávez sobre RCTV

O Partido dos Trabalhadores apoiou, em nota, a decisão do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de tirar do ar a mais antiga emissora de televisão do país, a RCTV. Divulgada hoje, o documento do PT defendeu a decisão argumentando que a Venezuela é um país democrático, o presidente foi eleito democraticamente e a não-renovação da licença seguiu "todos os trâmites previstos pela legislação venezuelana". Além disso, o partido alega que a medida combate o "monopólio da comunicação por grandes empresas, que se utilizam de concessões públicas para a defesa dos interesses privados de uma minoria."
O partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que decidiu tornar pública sua oposição porque "setores da imprensa" teriam, aproveitando o caso da RCTV, tentado questionar o partido em relação ao governo Chávez e às liberdades democráticas. A posição oficial do PT foi expressa em nota da Secretaria de Relações Internacionais do partido.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

hmm

é preciso ler.

domingo, 6 de maio de 2007

Tudo de novo

Vamo lá, começar all over again. Tudinovo.